Ninguém ama sozinho,
Mas ninguém sofre sozinho,
Quando chega a noite
E os silêncios mudos ensurdencem
O bater, outr'ora, calmo, do coração.
A chuva dói ao tocar no rosto,
Agulhas finas que picam vezes sem conta,
Pior que remar contra a maré
É subir esta estrada contra o vento,
Contra a chuva; ...
Ninguém, a tentar amar,
Sem sofrer.
pb 090224 0205